REVISTA PERINI | EMPRESAS TRADICIONAIS SE CONECTAM À NOVA ECONOMIA E INOVAÇÃO GANHA ESPAÇO

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Públicada em: quinta-feira, março 31, 2022

Fonte: Revista Perini | Publicado em 30/3/2022

O fortalecimento de grandes polos e ecossistemas de inovação como o Ágora Tech Park abriu espaço para um novo mindset em empresas consideradas tradicionais (ou corporates, no jargão do segmento): a busca por um ciclo virtuoso de inovação com a Nova Economia. Nesse novo espaço, surge uma série de oportunidades de conexão entre ambientes de negócio complementares.

“O hub gera nas pessoas e nas organizações a necessidade de inovar, é um indutor direto da inovação”, afirma Jean Francisco Cardoso – CEO da Go Moov e presidente do Conselho do Grupo Alltech. “É fazendo parte, colaborando, trocando ideias, se expondo, vivendo a experiência e participando ativamente do ecossistema que uma empresa tradicional poderá enxergar o quanto pode evoluir e ganhar velocidade no seu processo de inovação”, destaca Patrícia Mendlowicz, advogada, mestre em Direito e Economia e sócia responsável pelas áreas de Inovação e Marketing no Martinelli Advogados.

Num cenário em constante mudança – frágil, ansioso, não-linear e incompreensível –, a cultura da inovação passou a ser a vitamina para a sobrevivência empresarial. “O desafio maior para a conexão com a nova economia é encontrar gente com os skills e com a mentalidade do novo cenário”, afirma Jean.

Acompanhar a evolução no mundo dos negócios não é um desafio novo, mas sem dúvida se tornou algo ainda mais complexo nos últimos tempos. “O maior ativo que a Nova Economia pode trazer às grandes empresas além da questão tecnológica e de inteligência de dados é a valorização de um comportamento e de uma cultura voltadas à agilidade, à praticidade e à colaboração”, diz Patrícia.  A advogada cita o conceito da ambidestria organizacional, onde se navega bem nas duas frentes, no antigo, melhorando a sua eficiência e agilidade, e no novo efetivamente, como novas frentes, novos produtos e uma nova forma de pensar o negócio. “Empresas ambidestras serão as grandes vencedoras neste jogo porque serão flexíveis e saberão se adaptar e atuar nos dois cenários, no novo e no antigo”, explica.

Corporates e Startups

No processo de inovação, a interação entre as corporates e as startups tem sido uma prática que promove benefícios para ambas as partes.

“As corporates buscam nas startups aquilo que elas por si não conseguem vislumbrar como solução para alguma dor no mercado em que atuam. Esperam que elas tragam a solução de uma forma muito mais rápida e inovadora e com muito mais tecnologia”, diz Jean.  “As startups proporcionam às corporates oxigênio e um modelo de negócio mais ágil e prático, uma visão menos engessada e mais voltada aos anseios do consumidor atual”, diz Patrícia. “Outra opção é adquirir uma startup como um ativo financeiro ou estratégico para entrar em um mercado novo e crescer de forma mais acelerada”, destaca a advogada.

Na parceria com as corporates, as startups também são beneficiadas.  Além de recursos financeiros, elas podem trazer para as empresas que estão começando a sua organização, a sua governança e o seu olhar mais maduro sobre o mercado e a gestão de risco. “Acho que aí está o segredo do sucesso deste tipo de operação: somar experiências, manter a identidade e autonomia e construir algo novo junto, somando competências”, afirma Patrícia. Jean destaca que para que os benefícios aconteçam é preciso que a startup mantenha seu DNA “A corporate colabora muito na evolução da startup desde que haja um entendimento de papéis. Se isso estiver claro, a corporate ajuda muito no que tange a endereçamento de mercado, endereçamento de problemas, solução financeira, herança positiva e aprendizados”.

Como em todo novo projeto, existe uma série de pontos de atenção que devem ser levados em conta, especialmente em relação a riscos envolvidos, para ambas as partes. Nesse ponto, ganham importância os parceiros estratégicos, que funcionam como uma espécie de mentor de conexões, utilizando a experiência de operações similares para reduzir a margem de erro e acelerar o alcance de resultados.

“Por termos uma banca full service, atuamos em várias frentes e em diferentes fases destes projetos. O essencial é se cercar de parceiros que tenham experiência e estejam inseridos no ecossistema de inovação para que possam orientar e auxiliar naquilo que for necessário. Outro ponto fundamental é ter clareza sobre o que efetivamente se espera e se quer com o projeto e/ou processo para que não haja problemas no meio do caminho”, conclui Patricia.

Para as empresas que ainda não ingressaram na nova economia, Jean faz um alerta. “Sem a mentalidade da nova economia as corporates não conseguem implantar inovação corporativa. Hoje não se trata mais de se a nova economia vai fazer parte do cotidiano das empresas – é quando e na maior parte de todas estas empresas ela já está presente e as pessoas não se dão conta disso”.

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